Atividade antimicrobiana das nanoestruturas de fibroína de seda / Antimicrobial activity of silk fibroine nanoparticles

A segurança alimentar e nutricional são fatores que, atualmente, estão em crescente preocupação. Apesar da existência de práticas de higiene na manipulação e produção de alimentos, é necessário aplicar novas metodologias para redução de patologias causadas por contaminação alimentícia que ocorrem por diversas bactérias, que estão relacionados com as Doenças Veiculadas por Alimentos (DVAs). Em especial, temos a Escherichia coli, Enterobacter cloacae, Staphylococcus aureus e Salmonella typhi. O objetivo do trabalho foi de avaliar a atividade antimicrobiana das Nanoestruturas de Fibroína de Seda com tamanho médio de 250,7 ± 10,4 nm sobre as bactérias supracitadas. As concentrações de nanopartículas utilizadas não alcançaram a concentração inibitória mínima, necessitando de estudos posteriores para obter essa concentração.

Avaliação antimicrobiana de macroestrutura e nanoestruturas de carbonato de cálcio / Antimicrobial evaluation of macrostructures and nanostructures of calcium carbonate

A ocorrência de doenças transmitidas por alimentos se dá principalmente pelas bactérias Salmonella e E.coli. A Salmonella pode causar infecções generalizadas ao entrar na corrente sanguínea por meio das paredes do intestino e a E. coli produz toxinas que podem causar complicações. Uma solução é encontrada no uso da nanotecnologia que desperta o interesse dos cientistas em suas possíveis aplicações inovadoras nas indústrias. Esse trabalho estudou os efeitos antimicrobianos do Carbonato de Cálcio macro e nanoestruturado em E. Coli e Salmonella Typ. Para a nanoestrutura os melhores resultados foram com 1250 e 1875 µg.mL-1 em E. Coli e S. Typ. As concentração de 1000, 1500 e 1875 µg.mL-1 de macro CaCO3 mostraram-se mais eficientes para E. Coli e no caso da S. Typ 1000 e 1500 µg.mL-1. Para validar e tornar aplicável o uso de nano CaCO3 são sugeridos estudos toxicológicos e estudos com diferentes tamanhos do material nanoestruturado.

Avaliação antimicrobiana in vitro da nanoestrutura de óxido de zinco para posterior aplicação em embalagens / Antimicrobial evaluation in vitro of zinc oxide nanoestruture for subsequent application in packaging

A goiaba é uma das fruticulturas que se destaca no Brasil, por ser rica em nutrientes e ter elevada produção, porém há uma elevada perda/desperdício desse fruto pela sua alta perecibilidade. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana das nanoestruturas de ZnO, a fim de aplicá-las em filmes de goma tara para preservação da goiaba. Foi feita a análise da curva de crescimento das bactérias Escherichia coli, Enterobacter cloacae, Salmonella typhimurium e Staphylococcus aureus na presença da nanoestrutura no leitor de microplaca. Estas apresentaram atividade antimicrobiana frente às bactérias, visto que houve o retardo do crescimento com o passar do tempo de análise. Verifica-se o potencial uso desta nanoestrutura para aumentar vida útil da goiaba.

Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de nanoestrutura de quitosana / In vitro avaliation of antimicrobial activity of chitosan nanostructure

A quitosana é um polímero capaz de apresentar atividade antimicrobiana e na sua forma nanoestruturada acredita-se que apresente maior desempenho. Portanto, este trabalho avaliou a capacidade antimicrobiana da nanoquitosana via diluições em microplaca. Utilizou-se quatro bactérias Escherichia coli, Enterobacter cloacae, Salmonella sp. e Staphylococus aureus em diferentes concentrações de nanoestrutura. Observou que em todas as concentrações (0,26 µg ml-1 a 19,7 µg ml-1) houve inibição, além disso, percebeu-se uma constância na absorção ao longo do tempo para algumas concentrações, indicando possível atividade bacteriostática da nanoestrutura. Assim, a nanoestrutura de quitosana apresentou atividade antimicrobiana, com ação bacteriocida e bacterioestática sobre os microrganismos estudados.

Filme de goma tara com nanoestrutura de ZnO para preservação de fruto pós-colheita / Tare gum film with ZnO nanostructures for preservation of postharvest fruit

O Brasil é o 3º maior produtor mundial de frutas, porém as perdas/desperdícios no pós-colheita podem chegar até 30 %, principalmente, pelo metabolismo do fruto e fitopatógenos. A nanotecnologia surge, então, como alternativa para mitigar esse problema, sendo o setor de embalagens o mais promissor. Assim, o objetivo deste trabalho foi obter e caracterizar de filmes de goma Tara com nanoestruturas de óxido de zinco (ZnO) com atividades antimicrobianas. O filme obteve espessuras entre 0,04957 e 0,36380 mm, sendo o filme com 5% (m/v) de nanoestrutura de ZnO com maior espessura. A porcentagem de solubilidade dos filmes de nanoestruturas de ZnO foi mais elevada que o filme sem nanoestrutura. O teor de umidade variou de 32,5592 a 10,9658 % entre os filmes e à medida que a concentração de nanoestrutura aumentou houve aumento da permeabilidade.

Obtenção e caracterização de filmes de Goma Tara incorporados com Nanopartículas de Prata para proteção de frutos / Obtention and characterization of tare gum films incorporated with silver nanoparticles to fruits protection

Tendo em vista que a escassez e a perda/desperdício de alimentos é uma realidade crescente devido as falhas em toda a logística de produção e pós colheita, a nanotecnologia em embalagens apresenta-se, nos últimos anos, como uma alternativa para solucionar alguns desses problemas. Portanto, este trabalho visa analisar as propriedades dos filmes de Goma Tara com Nanopartículas de Prata (AgNP) para futura aplicação em frutos. Os filmes produzidos neste trabalho, em especial aqueles com maior concentração de AgNP, apresentaram uma espessura ideal (entre 0,0457 e 0,0570mm), maiores valores de gramatura (52,53 g.m-2), alta solubilidade (cerca de 98%), menores teores de umidade (36,35%) e maior retenção de transferência de vapor d’água, cerca de 800 g.μm.m-2.dia-1.mmHg-1, comprovando sua eficiência como embalagem para conservação de alimentos.

Avaliação antimicrobiana da nanoquitosana incorporada no hidrogel de PVA e propilenoglicol / Antimicrobial evaluation of PVA and propylene glycol hydrogel integrated nanochitosan

A nanoquitosana (NQ) possui potencial antimicrobiano contra microrganismos causadores de Doenças Transmitidas por Alimentos. Este trabalho busca determinar o efeito antimicrobiano da NQ em hidrogéis para substituir os produtos assépticos e sanitizantes convencionais. O hidrogel de propilenoglicol foi testado em superfície de aço inox em E. coli, apresentando crescimento de 303±53 UFC, inferior ao controle 481,5±62,5 UFC. O gel de PVA foi testado pelo método de disco-difusão contra E. coli, com halo de inibição de 2,7±0,2 cm (NQ 71,43 µg.mL-1) e 2,3±0,3 cm (NQ 142,85 µg.mL-1), e S. typ, com halo de inibição de 3,0±0,2 cm e 2,8±0,2 cm, com NQ 71,43 µg.mL-1 e 142,85 µg.mL-1, respectivamente. Os resultados indicam potencial uso da NQ em produtos sanitizantes, para isso são necessários testes toxicológicos e caracterização das nanoestruturas.

Avaliação antimicrobiana de hidrogel de PVA e gel de Propilenoglicol incorporado com Nanopartículas de Prata como sanitizantes / Antimicrobial evaluation of PVA hydrogel and propilene glycol incorporated with silver nanoparticles

As Doenças Transmitidas por Alimentos causam diversos problemas de saúde e prejuízos econômicos e tem como principal causa a má manipulação dos alimentos. Portanto, é necessário o uso de estratégias de higiene pessoal e de sanitização das instalações e equipamentos. Pensando nisso, este trabalho apresenta a síntese e análise antimicrobiana por disco-difusão e contagem bacteriana de um gel sanitizante a base de Polietileno Glicol e um hidrogel de PVA com a incorporação de Nanopartículas de Prata (AgNP). Para o primeiro gel, com AgNP, o resultado foi quatro vezes maior que o controle. Para o segundo gel, o aumento na concentração de AgNP garantiu uma maior inibição bacteriana. Os resultados obtidos comprovam a potencialidade deste sanitizante para aplicação industrial, comercial e laboratorial.

Hidrogeis de polivinil-álcool (PVA) contendo o bacteriófago UFV-AREG1 para aplicação como curativo adesivo para a indústria de alimentos / Polyvinyl-alcohol (PVA) hydrogel containing the UFV-AREG1 bacteriophagus for application as a curative adhesive for the food industry

Infecções cutâneas obtidas por cortes nas mãos de manipuladores podem gerar contaminação nos alimentos. O objetivo deste trabalho foi incorporar o bacteriófago UFV-AREG1 em hidrogel de álcool poli(vinílico) – PVA, aplicando-o futuramente como curativo adesivo. Foi adicionado 1,0 mL de solução do fago no PVA e seco em estufa por 48 h. Após, os hidrogeis foram submetidos a testes de Intumescimento, Espectroscopia no infravermelho (FTIR) e efeito antimicrobiano sobre E. coli O157:H7. O intumescimento do PVA-fago foi maior que o PVA-controle (p<0,05). A área de inibição do PVA-fago foi de 3,715 cm2 contra 2,916 cm2 do controle. As análises do FTIR mostraram um pico para o PVA-fago não encontrado no PVA-controle. Foi possível incorporar o bacteriófago em hidrogel de PVA e avaliar sua liberação para posterior aplicação como curativo adesivo.